quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Mordomia cristã (1)

Graça, Paz e Alegria!

Mensagem do Portal Evangélico Compartilhando Na Web, enviada para o grupo de mensagens em 11/04/2006.

Hoje e amanhã, segue uma meditação sobre o tema: Mordomia Cristã:

Introdução 
No princípio de todas as coisas, Deus criou o ser humano e colocou-o no Jardim do Éden com uma função: “Cuidar e cultivar o jardim” (Gn 2.17). Deus deu uma função muito especial ao ser humano, a de cuidar de Sua criação. A de ser mordomo de Deus. O que significa mordomia? Qual é o seu sentido prático para nossas vidas?
O termo mordomia tem sido utilizado de forma diferente do sentido desse termo nos tempos bíblicos. Muitas vezes, quando alguém está ocioso, sem ter o que fazer, muitos dizem: “Que mordomia, hein?!” Entretanto, quando voltamos ao grego, língua em que foi escrito o Novo Testamento, descobrimos que a palavra mordomia deriva de uma outra palavra que surge da junção das palavras: oikos = casa; e nomos = lei (Lc 12.42). A palavra era utilizada para designar a gerência, a responsabilidade que alguém tinha sobre determinadas posses, como muitas vezes vemos em filmes sendo a função de um mordomo. Este é o propósito de Deus para o ser humano, fazer dele o mordomo de sua criação, esta é a nossa responsabilidade e o nosso dever.
 
Oikonomos 
A palavra aparece em Lucas 12.42, 16.1-9 e Mateus 20.8, com o sentido ampliado. Ela não se refere estritamente a bens materiais, mas ao cuidado que cada pessoa deve ter com sua vida diante de Deus. Paulo usa a mesma palavra para definir sua comissão como pregador do Evangelho (1 Co 9.17); ele vê-se como mordomo, despenseiro da graça de Deus (Ef 3.2).
Outra ideia introduzida e ampliada no NT é a de associação: substituição dos termos servo e senhor, para amigos que trabalham juntos na realização de um projeto: “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer” (Jo 15.15). Paulo acrescenta que somos cooperadores de Deus (1 Co 3.9). Mordomia então, passa a ser uma responsabilidade que um grupo comum leva sobre si: “... é uma atitude em família. Não se trata meramente de trabalhar para Deus na qualidade de seus agentes e administradores, mas trata-se de cooperar juntamente e com Ele, na qualidade de filhos, compartilhando de Seus propósitos, de Seus recursos e de Sua própria natureza” (KANTONEN, T.A. A Teologia da Mordomia Cristã. Ed. Luterana, SP, 1965, p.14).
 
Amanhã, vamos escrever um pouco sobre compromissos, direitos e deveres de um mordomo.

Forte abraço.
Em Cristo,

Ricardo, pastor

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