terça-feira, 12 de novembro de 2013

Eis que o Senhor virá!

Graça, Paz e Alegria!

Mensagem do Portal Evangélico Compartilhando Na Web, enviada para o grupo de mensagens em 31/01/2006.

Isaías 40.1-11

1 CONSOLAI, consolai o meu povo, diz o vosso Deus.
2 Falai benignamente a Jerusalém, e bradai-lhe que já a sua milícia é acabada, que a sua iniquidade está expiada e que já recebeu em dobro da mão do Senhor, por todos os seus pecados.
3 Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda a nosso Deus.
4 Todo o vale será exaltado, e todo o monte e todo o outeiro será abatido; e o que é torcido se endireitará, e o que é áspero se aplainará.
5 E a glória do Senhor se manifestará, e toda a carne juntamente a verá, pois a boca do Senhor o disse.
6 Uma voz diz: Clama; e alguém disse: Que hei de clamar? Toda a carne é erva e toda a sua beleza como a flor do campo.
7 Seca-se a erva, e cai a flor, soprando nela o Espírito do Senhor. Na verdade o povo é erva.
8 Seca-se a erva, e cai a flor, porém a palavra de nosso Deus subsiste eternamente.
9 Tu, ó Sião, que anuncias boas novas, sobe a um monte alto. Tu, ó Jerusalém, que anuncias boas novas, levanta a tua voz fortemente; levanta-a, não temas, e dize às cidades de Judá: Eis aqui está o vosso Deus.
10 Eis que o Senhor Deus virá com poder e seu braço dominará por ele; eis que o seu galardão está com ele, e o seu salário diante da sua face.
11 Como pastor apascentará o seu rebanho; entre os seus braços recolherá os cordeirinhos, e os levará no seu regaço; as que amamentam guiará suavemente.

Essa profecia acontece bem antes dos anos de silêncio entre o profeta Malaquias e o início do tempo do Novo Testamento. E mesmo depois desse período, dos aproximadamente 400 anos de silêncio, os judeus aguardavam com grande expectativa essa salvação. Passavam por dias horríveis, e esperavam por liberdade, para ser uma nação, como fora nos dias de Salomão, com paz, fronteiras bem definidas e um certo luxo no reino. Mesmo com tanta distância entre as profecias e o que acontecia naqueles dias, havia uma esperança de que as coisas iriam mudar. E a cada movimento que aparecia na tentativa de libertar o povo da opressão, se acendia a esperança da liberdade.

A Profecia de Isaías ecoava fortemente no meio do povo. Esperava-se a vinda do Messias, para realizar a Sua obra de redenção, de libertação da humilhação da forma de vida que eles estavam vivendo, sendo subjugados por outros povos. Esperavam o Rei dos reis, aquele que viria do trono de Davi e seria um grande Rei. Alguém para restabelecer o reino de Israel, tão destruído por exílios e ocupações de outros povos. Estavam passando por desilusões, mas a profecia garantia que o que estava errado seria acertado com a vinda do Messias (Isaías 9.1-7).

E talvez aqui tenhamos um problema: o povo esperava o Messias como um grande Rei e Jesus falava de Reino. Talvez o povo esperasse um Reino com fronteiras bem definidas, com exército, paz... E Jesus deixou claro que o seu Reino não era deste mundo! Jesus realmente cumpre com a missão de Messias, mas de uma maneira diferente da que o povo esperava! O povo esperava libertação política e Jesus veio para trazer a libertação do pecado! Jesus seria o grande rei, mas não do jeito que o povo esperava. Ele foi coroado com uma coroa de espinhos, foi açoitado e o seu manto ficou cheio de sangue. E o povo pensava: “se Jesus não era capaz de se proteger, como iria proteger a tantas pessoas?”.

No momento do calvário, vemos Jesus sentindo-se só (Mateus 27.46). Muitas vezes, quando passamos por problemas, ficamos da mesma forma! Temos a impressão que Deus não está ouvindo nossa súplica, que está alheio ao nosso sofrimento. Parece ser este um momento em que sentimos como se Deus fosse tímido e não se revelasse o tempo todo. E enfrentamos as dificuldades, com a impressão de que estamos sós...

Mas isso me faz pensar na Tentação de Jesus! Ele seria o grande Rei, o Senhor dos senhores. Será que tinha que ter fome? Não! No entanto, o momento não era o apropriado para mandar pedras se tornarem em pães. Chegou a hora que nem pedras foram necessárias para que pães aparecessem para alimentar a multidão. O tempo certo é o segredo aqui.

Se Jesus seria o Rei dos reis, merecia ser cuidado. E o próprio texto bíblico, citado até pelo inimigo, relata que os anjos cuidariam dele. Mas seria no tempo certo. Não era para se jogar naquela hora de um local alto para sentir esse cuidado!

E mais: um grande rei tem seu império! E a Ele é sugerido que todos os reinos seriam dele. Bastava se prostrar diante do diabo. Os reinos seriam dele mesmo. Aquele seria um atalho para o que seria dele por direito! Mas não era tempo!

Esperar pela hora certa faz com que, às vezes, passemos por mais angústias para chegar onde devemos chegar, mas nos garante a chegada...

Voltemos ao momento inicial desta mensagem: os Judeus esperavam que o Messias alterasse o caminhar da história. Que as guerras cessassem, que o reino de Israel fosse estabelecido e reconhecido... João Batista, que preparou o caminho do Senhor, que reconheceu em Jesus o Salvador, quando vai para a prisão, fica em dúvida. Maria, que ao receber a notícia de que geraria o Messias através de um anjo, fica tão feliz e canta um lindo cântico, é a mesma que anos mais tarde chega a conclusão que Jesus estava fora de si (Marcos 3.31-35), tanto ela como os irmãos de Jesus, que cresceram com ele. E nós, no meio de angústias, muitas vezes sentimos que não vamos conseguir aguardar o Tempo do Senhor.
Hoje, no nosso calendário, aguardamos algumas datas com muita expectativa. Natal e Páscoa, devem ser as mais esperadas. Quantas pessoas se preparam para o Natal, doando horas de seu dia para enfeites ou preparação de peças e cantatas... Crentes ou não!

Bom, o nascimento do grande Rei, poucos testemunharam. Sua ressurreição (a Páscoa) também. Aliás, os que estavam lá na hora (os soldados), desmaiaram e ainda foram pagos para não dizer o pouco que viram... Mas na hora da Morte, na sexta-feira, muitos presenciaram. Muitos pediam milagres, zombavam… E chegavam a conclusão que Ele não era rei coisa nenhuma, pois não podia nem mesmo se salvar. Até os milagres que fez foram contestados (fez tantos por outros...). Era como se dissessem: “os milagres que parecia que tinha feito não fez coisa nenhuma, senão podia fazer mais agora...”. E Jesus depois que ressuscitou apareceu algumas vezes às pessoas. Podia ter ido falar com Pilatos! Podia ter voltado aos lugares onde tinha sido visto antes de sua morte. Mas o texto bíblico revela Jesus aparecendo sim, mas para aqueles e aquelas que criam nele, independente dos milagres. Aqueles/as que, mesmo num primeiro momento se afastaram de tudo o que ele ensinou, mas que deram suas vidas depois para confirmar sua crença. E quem não morreu por testemunhar, também estava se arriscando a tal pelo nome de Jesus! Sempre lembrando que mesmo os três que mais andaram perto de Jesus (Pedro, Tiago e João), que viram tantos milagres, mesmo assim, num primeiro momento, balançam diante dos acontecimentos da morte de Jesus. Eles ainda esperavam o Messias, o Rei que libertaria o povo politicamente...

O Nascimento de Jesus era esperado para colocar todas as coisas em ordem. Mas nos seus dias e até hoje, muita gente ainda chora e passa por dificuldades. O problema é que Jesus não veio para colocar em ordem simplesmente as coisas que são vistas! Ele veio para colocar em ordem o nosso relacionamento com o Pai (em amor) para nos levar a essa vida com as coisas em ordem, no Seu Reino, que não é deste mundo. Nos milagres, vemos que Ele pode colocar as coisas em ordem JÁ! Mas Seu desejo é que nos acertemos com o Pai não por esperar milagres, mas porque amamos e aí vivermos a vida em abundância desde já, mesmo no meio das tribulações, e esperarmos o Seu Reino ser instaurado de maneira definitiva Naquele Dia.

Deus pode fazer milagres, mas Ele não quer que nos relacionemos com ele por conta disso. Quer que estejamos com Ele por amor e que estejamos preparados/as a enfrentar mesmo as coisas adversas (como Jesus ensinou na cruz), mantendo nossa vida diante da vontade Dele, para experimentar a vida que vem do Senhor!

Vamos ver e viver muitas coisas boas da parte do Senhor aqui! Mas nossa esperança maior deve estar no que ainda virá. No Celeste Porvir! Não deixando as coisas aqui de lado, só esperando por isso! Mas tendo nossa maior esperança depositada nisso!

Forte abraço.
Em Cristo,

Ricardo, pastor

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